Dance of wolves

sábado, 13 de junho de 2009


Sairá
Que as forças do ódio
Venha como ópio embriagar-me
Que as chamas do rancor
Façam-me renascer das cinzas
Evoco assim minha Ira.
Menina maléfica.com
Com a noite nos olhos
E a lua crescente, como uma foice a sangrar-lhe o peito.
Deixo sangue jorrar.
Mergulho neste mar rubro
Onde poseidon repousa em catalepsia
Quase morto de anemia
Ele não pode me ajudar
Se nesta hora sobrevivi
Qual vêneno ainda tenho que provar?
Se nem a morte quer me afrontar!
Se de sede não morrerei
Mergulhada neste mar!
Nesse estado estátua
Corrompi as forças da natureza
permanecendo-me intacta
Sou mais velha que as esfinges
mil anos comprimidos em vinte
que a fraca força do tempo não me atinge.
Sou metal.
A metáfora mais perfeita foi forjada do aço
A chamaram de alquimia
Somente para me ocultar
Somente para não ofuscar
A inveja cega o olhar alheio.
Me amem como não sou
Me odeiem como sou!
pois, pouco me importa ser a flor mais formosa
colhida antes de brotar
Narciso morreu de tanto se olhar
Se a felicidade não pode ser tudo
Não me contento com pouco
Morrerei embriagada em meu vêneno
Mas, somente quando me cansar
Não durmo para não ter que sonhar.
Se pensas que estou louca
Não sabes o que é loucura!
Nem tente entender
Que meu ódio velará por você.
Todas as palavras habitam em meu ser
Qual a página da minha vida
Você quer esfoliar?
Qual história irá contar?
A hipocrisia veste-se em seu olhar.
Desnude-me e não poderá me enxergar
Sou feita do pó o qual você é alérgico
Não irá respirar
Morrerá em meu ser
Meu ódio avisou você
Jogastes as chaves das portas dos ouvidos neste teu podre coração?
Morra infame
Me alimente de prazer
Com o arrependimento acenando em seu olhar
Dê-me sua vida como troféu
Que os céus cairão em sua cabeça
Com mil anjos canibais, com asas de urubus
Agora só, vou me deitar
Nas espumas deste mar de amarga glicose
Nos lençois destas areias, coberta de estrelas
A fênix repousa em paz
Cansei e jaz.

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